Dentro do campo da historiografia, faz-se muito importante o exercício da alteridade, isto é, conseguir se colocar no lugar do outro — diferente de si — sem julgamentos, apenas com a intenção de compreendê-lo. Como lemos a seguir:
“A ideia de diversidade e de diferença são ideias que constituem a concepção do Outro, do Outro que é diferente, diverso, que é diferente e destoante do imaginário ocidental-hegemônico. Quando se fala no diferente que destoante do imaginário ocidental-hegemônico, se faz referência à perspectiva estruturalista do sujeito, o ser humano que foi moldado e relacionado aos padrões arquetípicos impostos pelo ocidente” (Mendonça; Cardoso, 2018, p. 396).
Fonte: MENDONÇA, R. R. S.; CARDOSO, F. C. Alteridade, o Outro e a apresentação da noção de subjetividade em Emmanuel Levinas. Holos, ano 34, v. 03, 2018, p. 396.
O conceito de alteridade é rodeado de carga significativa do “outro”, sendo o diferente e exótico do que os padrões estabelecidos — sobretudo, os ocidentais — pressupõem. No entanto, para a compreensão do mundo, de uma maneira mais adequada, é necessário entender o “diferente” pela forma que ele é.
Diante dessa realidade, podemos dizer que ao direcionarmos nosso olhar ocidental à Índia, ainda possuímos o sentimento de exotismo para tal cultura e modo de viver. Quando estabelecemos um período do passado, quando o planeta era menos globalizado, esse sentimento costuma se aflorar ainda mais.
Diante disso, estudante, proponho a você o seguinte exercício:
No passado, a sociedade indiana era dividida por castas, que permitiam pouca interação entre elas. No entanto, esse sistema organizacional da sociedade, ainda é latente no imaginário popular. As castas, todavia, não tinha o significado idêntico ao que conhecemos como racismo, como lemos no excerto a seguir:
“Quando os lusitanos chegaram a este subcontinente asiático, recorriam à palavra portuguesa ‘casta’ para se referir a um tipo de formação grupal que se destacava por uma rigorosa obediência à norma da endogamia vinculada ao exercício de profissões específicas. Contudo, aqui e acolá, os termos ‘casta’ e ‘raça’ apareciam também num único discurso para designar o mesmo grupo humano – uma tendência que teve seu auge no período do colonialismo britânico. Percebe-se que, desde muito cedo, o princípio hereditário e a defesa de uma ordenação societal hierárquica fizeram parte da maioria das concepções definidoras tanto da categoria ‘casta’ quanto do conceito ‘raça’” (Hofbauer, 2020, p. 182).
Fonte: HOFBAUER, A. Castas, raças e a política colonial na Índia. Afro-Ásia, n. 62, 2020, p. 182
Casta, nesse caso, significa um grupo social, geralmente definido pela função desempenhada na sociedade. No português, às vezes, pode ser confundido com raça, mas no sentido geral as castas não possuem o sentido de raça.
As castas indianas são: Brahmins, Kshatriyas, Vaishyas, Shudras e Dalits.
Diante disso, estudante, proponho a você escrever uma página de um diário da vida de um indivíduo de alguma das castas indianas. Para isso, você terá que seguir os seguintes passos:
a) Escolher um indivíduo de uma das castas indianas.
b) Descrever um dia de trabalho ou de festejo desse indivíduo (da hora de acordar até a hora de dormir, incluindo as refeições comuns à casta escolhida e a vida de trabalho ou preparação de festejo do dia).
c) Selecionar uma imagem (foto ou desenho) do indivíduo da casta escolhida. A imagem deve deixar claro o tipo de vestimenta que este indivíduo poderia usar.
d) Referenciar os materiais consultado e a imagem inserida.
Orientações gerais:
– Para esta atividade, você deverá utilizar o formulário padrão que está disponível no ícone “Material da Disciplina”.
– Assista ao vídeo explicativo, disponível na Sala do Café.
– Não se esqueça de que este é um trabalho acadêmico, assim observe as Normas ABNT.
– Atenção: se identificado plágio (cópia indevida de textos pesquisados, ou cópia textual entre colegas) a atividade poderá ser zerada.
– Anexe o arquivo no campo de resposta da atividade MAPA, clicando sobre o botão Selecionar arquivo.
– Após anexar o arquivo, certificar-se de que se trata do arquivo correto, clique no botão Responder e, posteriormente, em Finalizar Questionário (após “Finalizar o Questionário”, não será possível reenviar a atividade ou realizar qualquer modificação no arquivo enviado).
– Em caso de dúvidas, não deixe de encaminhá-las por meio do “Fale com o Mediador”.